Falar dos afetos não é fácil para ninguém. À medida que vamos crescendo, parece que se complica ainda mais partilhar aquilo que nos vai no coração, dando-nos a impressão de que estamos vulneráveis e expostos perante o outro. Muitas vezes toma-se a postura do desdém e… lá vem o povo, sabedor e mestre no seu anonimato, «Quem desdenha quer comprar.»

Ensinar a perceber o que nutrimos de bom pelo outro é muito importante, mas para isso é preciso conhecer o que vai dentro de cada um de nós.

Vem aí o Dia dos Namorados que apesar de ser associado ao romance, surgiu para homenagear o bispo Valentim, que viveu no séc. III. Em Roma, o Imperador Cláudio II entendeu que haveria de formar um poderoso exército, pelo que proibiu temporariamente a celebração de casamentos. Isto porque queria que os jovens se concentrassem mais facilmente na guerra e na vida militar. Apesar desta proibição, o bispo Valentim desobedeceu às ordens e continuou a celebrar os casamentos no secretismo. Quando foi descoberto foi preso e condenado à morte. Até à sua execução, foi recebendo flores e bilhetes enviados anonimamente, o que explica a troca de postais, cartas e presentes de hoje em dia.

Durante esta semana, de 10 a 14 de fevereiro, decorre a atividade “Semana dos Afetos”. Em articulação com algumas disciplinas, nomeadamente a de Inglês, também a Biblioteca Escolar da Lajeosa do Dão dá espaço aos afetos, e anima a criatividade dos alunos. Poderão participar, escrevendo uma carta destinada a quem mais querem.

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